quarta-feira, 28 de março de 2012

O câncer e o coração


Tumores não originados no coração mas que o atingem.
A maioria dos tumores do coração não tem origem no próprio coração, pois são mais freqüentemente oriundos de tumores à distância (metastáticos). Podem atingir o coração por via hemática (a maioria) ou por via contígua, quando se originam em tecidos vizinhos do coração e o invadem.
Qualquer tumor pode atingir estruturas do coração. Os mais freqüentes são o câncer de pulmão, de mamas, melanomas, leucemia e linfomas. Nas autópsias encontram-se desde 1 até 20% de comprometimento do coração pelo câncer. Nos melanomas, essa freqüência chega a 60%.
Os sinais e sintomas produzidos por tumores metastáticos no coração são semelhantes aos dos tumores benignos, mas essas manifestações muitas vezes não são registradas, tanto pelo paciente como pelo médico, porque as produzidas pela doença primária geralmente predominam o quadro clínico.
A hipercoagulabilidade do sangue, uma tendência aumentada do sangue de coagular e formar êmbolos, está aumentada em pessoas portadores de tumores. Isso pode obstruir vasos em qualquer parte do organismo, dependendo os sintomas dos vasos obstruídos.
Existe ainda uma tendência aumentada nos portadores de câncer, principalmente os cânceres originados no sistema digestivo, para a instalação de endocardite trombótica não bacteriana. Uma outra maneira do câncer comprometer o coração são as conseqüências do tratamento.
A radioterapia pode comprometer as coronárias por promover a arteriosclerose. Pode também causar dano ao músculo cardíaco, provocando a miocardite actínica. Ao atingir o pericárdio pode provocar pericardite. A radiação atinge tanto as células doentes como as sadias.
A quimioterapia, principalmente daqueles cânceres que melhor respondem a esse tratamento, pode provocar dano considerável ao coração. As conseqüências da quimioterapia costumam se manifestar no coração tardiamente, quando a doença básica está curada ou em estágio paliativo prolongado. Quem deverá pesar os prós e os contras na escolha de qualquer tratamento e seus eventuais riscos e benefícios, é o médico responsável pelo paciente.

quinta-feira, 22 de março de 2012

O que é prevenir o câncer?

Prevenção em câncer é reduzir a possibilidade do aparecimento de qualquer tipo de câncer.
Como fazer isso?

Existem diversas atitudes que qualquer pessoa pode incluir no seu dia-a-dia, que funcionam para diminuir o risco de tumores. Por exemplo: 

Evitar contato com carcinógenos (substâncias que causam câncer), por exemplo, evitar o contato, sem proteção, com alguns solventes utilizados na indústria, para prevenir câncer de pulmão, orofaringe (boca e garganta) e bexiga.

Modificar hábitos de dieta ou de vida que alterem uma predisposição genética a um determinado tipo de câncer, por exemplo, evitar o fumo (uso de tabaco) em qualquer uma de suas formas ou a ingestão de grandes quantidades de bebida alcoólica, para prevenir câncer de pulmão, esôfago e orofaringe;

Evitar uma exposição ambiental que esteja relacionada a uma maior incidência de um determinado tipo de câncer, por exemplo, evitar a exposição ao sol nos horários em que os raios ultravioleta estão mais fortes, como das 10 às 16 horas, para prevenir câncer de pele.

Alterar o efeito de determinada substância sobre um determinado órgão que poderia estar relacionada a um determinado tipo de câncer, por exemplo, o uso de antiestrogênios, para prevenir câncer de mama.

Tratar lesões pré-malignas, por exemplo, retirar lesões do colo uterino antes que se tornem malignas, para prevenir câncer de colo uterino.

Praticar exercício físicos regularmente e manter uma dieta saudável, também são importantes ações para prevenir qualquer tipo de câncer. 
Todas essas medidas são baseadas em vários estudos científicos, nos quais se observou ou se testou uma determinada atitude que se mostrou efetiva na diminuição do número de novos casos de câncer.
Estes estudos são muito difíceis de ser realizados não só pelo seu custo, mas também por dificuldades metodológicas específicas de se poder afirmar que determinado elemento está relacionado diretamente com a causa de uma específica doença. Porém, eles são muito importantes e extremamente proveitosos se forem comparados com o custo médico e pessoal que está envolvido no fato de uma pessoa receber o diagnóstico de que está com câncer.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Álcool - Consumo e Relação com o Câncer


O consumo de bebidas alcoólicas é tão aceito socialmente que muitas pessoas não imaginam que elas são drogas potentes.

A relação entre álcool e câncer tem sido avaliada, no Brasil, por meio de estudos de caso-controle, que estabeleceram a associação epidemiológica entre o consumo de álcool e cânceres da cavidade bucal e de esôfago.
O uso combinado de álcool e tabaco aumenta ainda mais o risco de câncer nestas e em outras localizações, como a faringe e a laringe supraglótica. Além de agente causal de cirrose hepática, em interação com outros fatores de risco, como, por exemplo, o vírus da hepatite B, o alcoolismo está relacionado a 2 - 4% das mortes por câncer, implicado que está, também, na gênese dos cânceres de fígado, reto e, possivelmente, mama. Os estudos epidemiológicos têm demonstrado que o tipo de bebida (cerveja, vinho, cachaça etc.) é indiferente, pois parece ser o etanol, propriamente, o agente agressor. Esta substância psicoativa tem a capacidade de produzir alteração no sistema nervoso central, podendo modificar o comportamento dos indivíduos que dela fazem uso. Por ter efeito prazeroso, induz à repetição e, assim, à dependência.
Os efeitos do álcool variam de acordo com a rapidez e a frequência com que ele é ingerido, com a quantidade de alimentos consumidos durante a ingestão de bebidas alcoólicas, com o peso da pessoa, com o estado de espírito desta pessoa etc. O álcool atinge rapidamente a circulação sangüínea e todas as partes do corpo, inclusive o sistema nervoso, provocando mesmo em doses pequenas a diminuição da coordenação motora e dos reflexos, o estado de euforia e a desinibição.
Recorde-se que muitas doenças são causadas pelo uso contínuo do álcool: doenças neurais, mentais, musculares, hepáticas, gástricas, pancreáticas e entre elas o câncer. Isto sem falar nos problemas sociais que estão associados à ingestão de bebidas alcoólicas: acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, faltas ao trabalho e atos de violência.
O conselho para as pessoas que optarem por beber álcool é que limitem o consumo para menos de dois drinques por dia para homens e menos de um para mulheres. Mulheres grávidas, crianças e adolescentes não devem ingerir bebida alcoólica.

Fonte: INCA

terça-feira, 6 de março de 2012

Alimentação pró ou anticâncer?

Embora não se possa definir com exatidão as causas de um câncer, sabe-se que é uma doença influenciada por fatores internos e externos. Propensão genética, saúde emocional, hábitos de vida e, com certeza, dieta alimentar são fatores determinantes para a proteção ou exposição ao desenvolvimento de tumores.
No nosso organismo, temos uma defesa natural, que é o sistema antioxidante. Mas o  desequilíbrio na ingestão de alimentos oxidantes, com ação nociva, e a ingestão de antioxidantes, que protegem o organismo, baseou diversos estudos que relacionam dieta e câncer.
Que verduras, legumes e frutas fazem bem para a saúde, todo mundo sabe. Mas o que eles têm de tão especial?
Os vegetais são ricas fontes de fibras, vitaminas e minerais. E no que diz respeito ao câncer, alguns nutrientes merecem destaque, como alimentos abundantes em vitaminas A, C, E e em provitaminas como betacaroteno ou carotenóides, estão relacionados como protetores nos processos oxidativos. Fibras, selênio, glucosilatos e flavonóides são outras substâncias anticancerígenas encontradas nos vegetais.
Cada um desses nutrientes exerce ação antioxidantes isto é, combate o aumento e a atuação de radicais livres na degeneração celular, potencialmente favorável para o surgimento de tumores.
Investir em hortifrutis é especialmente importante para prevenir cânceres de boca, faringe, laringe, esôfago e estomago.  

Consumir 5 porções de vegetais ao dia é uma maneira eficiente de se prevenir contra todos os tipos de câncer.