segunda-feira, 28 de maio de 2012

Câncer de próstata




A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides, liberado durante o ato sexual.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

O exame preventivo básico, que detecta a presença de tumor na próstata, é o exame de toque retal. Graças ao alinhamento do canal de urina e o de fezes, onde fica a próstata, o tumor aparece comumente na zona periférica (casca) e podemos com o dedo indicador no reto sentir o relevo, temperatura, consistência, tamanho e mobilidade da glândula. O exame não é doloroso, apenas desagradável, mas rápido. 

O sucesso do tratamento depende da fase em que o tumor é detectado. Se precoce, ainda dentro da glândula, pode ser retirado por uma técnica cirúrgica que na maioria das vezes leva à cura.  
Estima-se que 60.180 novos casos de câncer de próstata sejam registrados no ano de 2012 só no Brasil. 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Fisioterapia oncológica


Fisioterapia oncológica em pacientes do GAPC


A fisioterapia em oncologia é uma especialidade que tem como objetivo preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico.

O fisioterapeuta oncológico deve estar apto para desenvolver suas atividades com pacientes infantis, adolescentes, adultos jovens e idosos, em situações que vão desde a cura aos casos em que ela é irreversível, e desenvolver seus programas de tratamento dentro deste contexto. O profissional dessa área deve saber lidar com as seqüelas próprias do tratamento oncológico, atuando de forma preventiva para minimizá- las.

As indicações para assistência fisioterapêutica são determinadas pelas disfunções causadas pelo tumor no paciente, assim como pelos tipos de tratamento adotados.

A radioterapia, indicada tanto para o tratamento exclusivo da doença quanto para complementação dos outros tratamentos, pode acarretar fibrose, levando à restrição de movimento, edemas e disfunções ventilatórias, entre outras.
Diversos tipos de quimioterápicos podem causar neuropatias periféricas, fibrose pulmonar e miocardiopatias. O uso prolongado de corticóides pode resultar em quadros de miopatia e osteoporose.

A cirurgia visa não apenas a remoção do tumor, mas também dos tecidos sadios adjacentes, a fim de evitar a permanência de doença residual macro ou microscópica. Tal fato acarreta seqüelas sensitivas, motoras, vasculares e respiratórias, dependendo da área afetada.
A assistência fisioterapêutica ao paciente oncológico tem início no pré-operatório, visando o preparo para o procedimento e redução de complicações. Durante o período de internação o enfoque é global, prevenindo, minimizando e tratando complicações respiratórias, motoras e circulatórias. A dor é uma das principais e mais freqüentes queixas do paciente oncológico, devendo por isto ser valorizada, controlada e tratada em todas as etapas da doença. As diversas técnicas para analgesia são um ponto forte da Fisioterapia em Oncologia.



quarta-feira, 2 de maio de 2012

A importância do acompanhamento nutricional à pacientes com câncer


Acompanhamento nutricional no GAPC

Independente do tipo do câncer, o tratamento é sempre delicado, porque os pacientes ficam debilitados por conta do esforço exigido pelo organismo para reagir à doença e aos tratamentos, e pela imunidade do organismo, que fica baixa e suscetível a infecções.
Uma das consequências mais frequentes nos tratamentos do câncer é a desnutrição, decorrente da redução da ingestão de alimentos, alterações metabólicas provocados pelo tumor e pelo aumento da demanda calórica pelo crescimento do câncer. Daí a importância do tratamento multidisciplinar, incluindo acompanhamento nutricional, segundo especialistas.
A agressividade e a localização do tumor, os órgãos envolvidos, as condições clínicas, imunológicas e nutricionais impostas pela doença e magnitude na terapêutica são fatores que podem comprometer o estado nutricional do paciente, com graves implicações prognósticas, e interferir diretamente no tratamento, seja ele cirúrgico, quimioterápico ou radioterápico.
De acordo com especialistas, nos casos em que é realizada a quimioterapia, a nutrição auxilia os pacientes a reduzir efeitos colaterais como mucosite, esofagite, diarreia, obstipação, náuseas, vômitos, alteração de paladar, saliva espessa e viscosa e boca seca. Estes casos podem ser monitorados com uma nutrição oral adequada, podendo contar também com suplementos nutricionais e até auxílio de alimentação enteral (dieta líquida administrada por meio de uma sonda colocada no estômago ou no intestino), enfatizando, ainda, a importância de uma nutrição equilibrada. Em alguns casos, se o paciente não tiver um acompanhamento nutricional adequado, a desnutrição pode levá-lo a óbito, mesmo com o câncer controlado.
O acompanhamento nutricional é importante na prevenção e tratamento da desnutrição e exercem papel importante no cuidado nutricional de pacientes com câncer.

A dieta oral pode melhorar a nutrição em pacientes que podem aceitá-la, mas requer formulações especiais face a alterações do trato gastrintestinal. A prescrição dietética apropriada pode atenuar necessidades mais complexas e custos. O sucesso da sua implementação requer instrução do paciente e de sua família pelo nutricionista.