Muitos mitos e medos cercam este tema, uma vez que o
câncer de mama é um assunto muito delicado para as pacientes , seus familiares
e a sociedade de modo geral, embora , grandes avanços tenham sido alcançados na
compreensão desta doença.
A reconstrução mamária é uma opção para melhorar a qualidade
de vida de uma mulher submetida à mastectomia, pode atenuar o
impacto emocional e físico provocado pela cirurgia radical, e tem como objetivo
imediato a reparação da mutilação da mastectomia; restaurando a forma e o
volume da mama amputada , preservando assim a auto-imagem da paciente; contribuindo para a recuperação psicossocial mais rápida.
Para a mulher, a mama é um órgão carregado de
simbologia afetiva. O medo da perda deste símbolo pela mastectomia,
projeta a fantasia de outras perdas como: a feminilidade, a identidade
feminina, a sexualidade; elementos fundamentais para o bem estar
psicológico da mulher.
A reconstrução mamária é um procedimento cirúrgico que
devolve o volume e o contorno da mama a mulher submetida a mastectomia, as
vezes complementado pela reconstrução da aréola. Durante a cirurgia uma parte
do músculo, da gordura e da pele da região inferior do abdome é transferida
para a área da mama. Quando a paciente é magra e não tem gordura abdominal em
excesso, realiza-se implante de prótese, mas é preciso haver pele e ela deve
estar em boas condições.
Caso contrário, a solução é a técnica antiga - utilização de
músculo, gordura e pele das costas. Entre 3 e 6 meses depois da reconstrução, a
paciente passa por uma cirurgia de retoque e se preciso opera a outra mama para
deixar as duas simétricas.