A leucemia é uma doença que afeta os glóbulos brancos do
sangue, células responsáveis por proteger o organismo contra infecções. As
células sanguíneas são produzidas na medula óssea (tecido esponjoso que ocupa o
centro dos ossos) e, com o câncer, esse processo é prejudicado: há um aumento
de células jovens anormais, que ocupam a medula e impedem a produção de glóbulos
brancos maduros.
Por isso, uma anemia de difícil tratamento pode ser um sinal
da doença. Febre, cansaço, sangramentos (na gengiva ou manchas vermelhas na
pele), perda de peso e gânglios inchados são outros sintomas.
A leucemia é classificada de acordo com o tipo de leucócitos
que afetam, e por isso são chamadas de leucemia linfocítica, linfoblástica, ou
linfoide, quando atinge os linfócitos; e leucemia mieloide, quando atinge os
mielócitos. Além disso, pode se
apresentar de duas formas, aguda e crônica.
Na forma aguda, as células são imaturas, não desempenham seu
papel como deveriam e se reproduzem aceleradamente; enquanto que na forma
crônica, as células são maduras, e podem manter algumas de suas funções, além
de se reproduzirem de forma lenta.A leucemia linfoide aguda é mais comum em
crianças, mas pode atingir pessoas com idade acima de 65 anos, enquanto que a
leucemia mieloide aguda é mais comum em adultos.
O tratamento da leucemia é feito por quimioterapia para
destruir as células anormais.
Hemograma, analise clinica e exames de medula óssea
são alguns dos procedimentos para detectar a doença. A quimioterapia não consegue
curar uma parte dos pacientes, então é preciso procurar um doador para realizar
o transplante de medula óssea, primeiramente procura-se doadores compatíveis na
família, e depois busca-se nos bancos de medula ou cordão umbilical.
O procedimento de doação de medula óssea é feito em centro cirúrgico
e, com anestesia peridural ou geral, são realizados punções nos ossos da bacia,
para que a medula seja aspirada. Causa apenas um incomodo no doador, que pode
ser amenizado com analgésicos, e as células se recompõe em cerca de 15 dias.
A chance de o paciente encontrar uma medula compatível é de,
em media, 1 em 100 mil. Daí a importância de incentivar o cadastro voluntario
no banco de medulas. O transplante de medula óssea é, muitas vezes, a única chance
de cura para o paciente.