O mesmo diagnóstico: câncer de mama. Cirurgia, quimioterapia. O tratamento que castiga o corpo também impediu, por muitos anos, qualquer esforço físico.
"Naquele tempo, faz três anos só, era diferente. Realmente não deveria forçar os músculos”, comenta Maria do Carmo Losys.
Um problemão para Maria Luiza, Ione e Maria do Carmo. No Instituto do Câncer de São Paulo elas conheceram a doutora Christina May Moran de Brito. Ela trouxe do Canadá um novo método de reabilitação, usado em mais dez países, que recomenda exercícios físicos.
"Evidências recentes mostram, inclusive, impacto na sobrevida das pacientes. Um impacto terapêutico, diminuição de recorrência”, observa Christina.
Os pesquisadores apontam o remo como um dos esportes mais eficazes. “Envolve tronco, membros superiores, membros inferiores, trabalha tanto a questão de força, de condicionamento, cardiovascular, aeróbio", comenta.
No Brasil, as três são as primeiras a testar os benefícios de se recuperar longe de um hospital.
A última etapa de tudo isso é também a mais esperada e divertida. É hora de as remadoras de primeira viagem irem para a água. E de agora em diante quem quiser praticar o esporte pra valer vai passar horas dentro do barco.
Desajeitado o começo. Mas bastaram alguns minutos para o barco encontrar o rumo certo.
Pronto, remadoras devidamente batizadas.
O Instituto do Câncer de São Paulo esclarece que para começar no projeto Remama é preciso que o paciente não tenha nenhum tipo de complicação por cerca de seis meses depois do término do tratamento do câncer. Depois, ele é obrigado a passar por uma triagem médica. Se for aprovado, está liberado pra prática do exercício, que sempre é realizada com acompanhamento dos médicos do instituto.
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