A luta contra o câncer vem sendo acompanhada por grandes
avanços e mudanças no tratamento oncológico. Anos atrás, quando um paciente era
diagnosticado, a maior preocupação dos médicos especialistas era em relação à
sobrevivência desse paciente. Hoje, no entanto, o médico também está voltado
para a qualidade de vida que o paciente terá durante e após o tratamento do
câncer.
Os preconceitos, tabus e a falta de conhecimento sobre o
câncer e os tratamentos amedrontam e podem paralisar o paciente diante de
tantas novidades. Pensando nisso, um crescente número de Clínicas Oncológicas e
Hospitais do Brasil estão investindo na criação de serviços especializados de
orientação multidisciplinar e apoio aos pacientes que irão iniciar o
tratamento, desmistificando assim o câncer e em especial, a quimioterapia.
As dúvidas mais freqüentes dos pacientes que vão iniciar a
quimioterapia são em relação à adaptação deste tratamento ao dia-a-dia. Afinal,
o que eu posso e não posso fazer durante o tratamento? Alguns pacientes não
sabem que é possível levar uma vida normal durante a quimioterapia, aliás,
muitos continuam trabalhando durante esse período. Apesar dos avanços na
medicina ainda não é possível afirmar que o tratamento quimioterápico não apresenta
efeitos colaterais. Hoje, no entanto, as reações adversas ao tratamento
apresentam-se em escalas menores, com a possibilidade de serem controladas.
Os efeitos colaterais mais freqüentes que os agentes
quimioterápicos provocam são: náusea, vômitos, falta de apetite, constipação,
diarréia, queda de cabelo e queda da imunidade do corpo.
A queda da imunidade (diminuição das plaquetas, leucócitos e
hemoglobina) é uma das principais vilãs nesta fase podendo desencadear, quando
não controlada, uma série de complicações. Durante esta etapa, o paciente
precisa rever seu conceito de urgência, ou seja, o momento de entrar em contato
com o médico ou equipe de suporte deve ser sempre antes do que ele estava
acostumado a fazer e por conta disso, alguns cuidados especiais são sempre
necessários.
A nutrição adequada é especialmente importante para os
pacientes que estão sendo submetidos ao tratamento de câncer, tanto para
melhorar os resultados destes tratamentos, como a sua qualidade de vida. O
paciente chega com uma carga de ansiedade muito grande e com inúmeras dúvidas
sobre o que ele poderá ou não comer. Deixar de comer algo não é indicado. Uma
alimentação equilibrada faz parte do processo de recuperação de qualquer pessoa
doente. Bem nutrido, o corpo reage melhor às medicações, ganha energia para
enfrentar as terapias, é capaz de driblar eventuais infecções que possam
aparecer, além de minimizar a perda de peso e favorecer a recuperação do estado
geral.
A fim de proporcionar bem-estar a quem vive com câncer, uma
poderosa arma é a informação. A importância da informação desde o momento do
diagnóstico assim como durante todo o tratamento aumenta a segurança do
paciente.
É muito importante que o paciente saiba que é possível ter
qualidade de vida nesta etapa, em todos os aspectos. Ou seja, bem estar físico,
emocional, social, familiar, espiritual enfim, uma série de preocupações que às
vezes são deixadas de lado durante o tratamento.
Fonte: http://www.revistavigor.com.br
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