Descoberta pode contribuir para desenvolver tratamentos para prevenir e deter progressão do câncer
Estas mutações, detectadas na parte do genoma que controla os genes, não aos genes em si mesmos, se produzem nos tumores de um grande número de pessoas e poderiam muito bem ser os mais frequentes em melanomas que foram encontrados até o momento.
Esta descoberta, que foi objeto de dois estudos publicados na edição online da revista Science, poderia ajudar a entender melhor como se desenvolvem os melanomas e até mesmo outros tipos de câncer. Em última instância, isso poderia conduzir a tratamentos para prevenir o câncer o deter sua progressão.
Esta é a primeira vez que mutações vinculadas ao câncer são descobertas nesta vasta região do DNA das células cancerígenas.
Esta região é chamada de "matéria escura" do genoma, em alusão à matéria que formaria grande parte do Universo, mas continua sendo difícil de alcançar.
Um grande número de mutações presentes no câncer foram identificadas nas últimas décadas, mas se encontravam em todas nas demais regiões dos genes responsáveis pela produção de proteínas, explicaram os pesquisadores.
"Esta descoberta representa uma primeira incursão na 'matéria escura' do genoma do câncer", afirmou o doutor Levi Garraway, do Instituto do Câncer Dana-Farber, em Boston, o principal autor do estudo.
"É a descoberta das duas mutações mais comuns no melanoma, que poderiam conduzir à busca de um tratamento preventivo orientado a estas mutações", completou.
Os pesquisadores também informaram que estas mutações estão presentes nas células de câncer do fígado e bexiga.
Fonte: Exame
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