Uma dieta rica em gordura de origem vegetal, presente em nozes e azeite
de oliva, diminui o risco de metástase em pacientes diagnosticados com
câncer de próstata. Segundo os pesquisadores, trocar carboidratos por
alimentos com esse tipo de gordura também reduziu o risco de morte em
geral, independente da causa.
O consumo de gordura saturada e trans, presente em carnes e alimentos
processados, no entanto, aumentou os riscos para a saúde dos pacientes
avaliados.
"Os médicos recomendam simplesmente cortar as gorduras após o
diagnóstico de câncer de próstata", diz o Stephen Freedland, urologista
da Universidade Duke, na Carolina do Norte. Mas o estudo mostra que o
consumo do "tipo certo de gordura" (a vegetal) reduz não apenas o risco
de morrer do câncer, como também de qualquer doença, explica o médico.
Os pesquisadores acompanharam 4.577 homens com câncer de próstata
localizado durante um amplo estudo sobre a saúde dos trabalhadores,
iniciado em 1986. Os pacientes preencheram questionários a cada quatro
anos sobre a frequência com que consumiam ou bebiam 130 tipos diferentes
de alimentos e bebidas.
Em um período de oito a nove anos, 315 homens desenvolveram câncer de
próstata letal, do tipo que se espalha por outras partes do organismo.
Outros mil pacientes morreram por outras causas.
Os homens que disseram consumir boa parte das calorias diárias a partir
de gordura vegetal tiveram risco 33% menor de morrer após o diagnóstico
de câncer. Trocar 10% das calorias diárias de carboidratos por gordura
vegetal pode resultar em uma queda de 29% no risco de ter câncer de
próstata letal e a uma redução de 26% nas chances de morrer por qualquer
outra causa, segundo Erin Richman, da Universidade de Califórnia, em
São Francisco.
Segundo a pesquisadora, a gordura vegetal contém antioxidantes e pode
reduzir inflamações no corpo, dificultando a progressão do câncer.
Estimativas da Sociedade Americana do Câncer apontam que um a cada seis
homens americanos serão diagnosticados com câncer de próstata e um a
cada 36 devem morrer em decorrência da doença.
Fonte
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