sexta-feira, 30 de agosto de 2013

10 mitos persistentes sobre parar de fumar

O consumo de tabaco no Brasil vem caindo durante os últimos anos, no início dos anos 90, 35% da população brasileira com mais de 15 anos era fumante, em 2007 a porcentagem de fumantes caiu para 16%, segundo dados do Ministério da Saúde.
 
Entretanto, ainda com essa queda importante estima-se que a cada ano, 200 mil brasileiros morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo. Por outro lado, de cada 100 pacientes que desenvolvem câncer, trinta são fumantes e daqueles com câncer no pulmão 90% estão relacionado diretamente ao consumo de tabaco.

As pessoas começam a fumar por muitas razões e sem saber são vítimas da dependência que cria a nicotina, o que torna parar de fumar mais difícil por suas implicações físicas e psicológicas.
 
Reunimos 10 mitos persistentes sobre parar de fumar e a verdade sobre cada um
 
Mito 1Meus outros hábitos saudáveis podem compensar ser fumante

Alguns fumantes justificam o consumo de tabaco insistindo que a nutrição adequada e muito exercício são suficientes para mantê-los saudáveis. Isto não é verdade. Pesquisas mostram que uma dieta saudável e exercício não reduzem os riscos de doenças associadas ao tabagismo, fumar afeta todos os sistemas e órgãos do corpo, e pensar que vai neutralizar os efeitos do fumo com essas práticas não tem embasamento científico. O que se recomenda é abandonar o cigarro o antes possível e manter uma dieta e peso saudáveis junto com a prática de exercícios físicos.
 
Mito 2Mudar para cigarros 'light' diminui meu risco

Fumantes que mudam para marcas "light" inevitavelmente compensam os baixos níveis de alcatrão e nicotina inalando fumaça mais vigorosa e profundamente. A maioria das pessoas que fumam cigarros light terminam inalando a mesma quantidade de componentes e em alguns casos maior quantidade já que podem fumar mais. Da mesma maneira narguiles, cachimbos, cigarros de palha ou de corda e charutos estão associados ao aparecimento de doenças como câncer de pulmão, derrame cerebral, infarto de miocárdio e enfisema pulmonar.
 
Mito 3Eu fumei por muito tempo, o dano já está feito

Os danos causados pelo tabagismo são acumulativos, e quanto mais tempo uma pessoa fuma, maior seu risco para doenças potencialmente fatais. No entanto parar de fumar a qualquer momento sempre traz benefícios para a saúde.

Os benefícios de parar de fumar começam 20 minutos após o último cigarro quando se normaliza o número de batimentos cardíacos, em 3 meses o risco de infarto declina e a função pulmonar começa a melhorar, em 9 meses a tosse e a falta de ar diminuem, 1 ano sem fumar o risco de infarto corresponde à metade de um tabagista, 5 anos sem fumar o risco de derrame cai de forma importante, 10 anos sem fumar o risco de câncer de pulmão é cerca da metade de alguém que nunca fumou. O mesmo ocorre com outros tipos de câncer como de boca, garganta, esôfago, bexiga, rim e pâncreas, 15 anos sem fumar o risco de doença coronariana retorna a níveis similares a de um não tabagista.  
 
Mito 4Tentar parar de fumar provoca muito estresse  e isso não é saudável

Embora parar de fumar seja estressante, não existe nenhuma evidência que mostre que o estresse tenha efeitos negativos a longo prazo. Na verdade, as pessoas que param de fumar começam a comer melhor, a se exercitar mais, e aumentam sua autoestima e autoimagem. 
 
Mito 5O ganho de peso após parar de fumar é tão prejudicial quanto fumar
 
Fumantes que param de fumar ganham em média 6 quilos, no entanto o risco do aumento de peso é minúsculo em comparação com o risco de continuar fumando.
 
Mito 6 - Parar abruptamente é a melhor opção

Alguns tabagistas pensam que parar de fumar de forma abrupta é a maneira mais eficaz para evitar voltar a fumar. Isso é parcialmente verdadeiro já que o compromisso é essencial. Mas os fumantes podem obter maior sucesso se realizam programas de cessação de tabagismo, nos quais se abordam assuntos que dizem respeito à saúde e os benefícios ao parar de fumar, e nos quais, dependendo de cada caso pode ser utilizada a reposição de nicotina através de chicletes, pastilhas, adesivos, inaladores, ou spray nasal, ou ainda medicamentos como bupropiona e vareniclina que ajudam a abandonar o cigarro. Os programas de cessação de tabagismo aumentam as chances de sucesso em 60%.
 
Mito 7A nicotina é tão prejudicial quanto fumar

A nicotina é segura quando usada para o propósito específico, neste caso a reposição de nicotina em pessoas que estão tentando parar de fumar. Ainda usando nicotina todos os dias durante anos essa prática seria mais segura do que fumar. Afinal, produtos de reposição de nicotina liberam apenas a nicotina. Sabe-se que cada cigarro carrega mais de 4.700 substâncias das quais 60 agentes cancerígenos conhecidos. 
 
Mito 8Diminuir o número de cigarros por dia já é suficiente para evitar doenças
 
Diminuir o número de cigarros não é uma estratégia efetiva. Tabagistas que reduzem o número inalam mais profundamente e fumam mais de um cigarro seguido. Embora fumem menos são as mesmas 4.700 substâncias por cada cigarro que são introduzidas ao corpo, por tanto, a melhor estratégia para parar de fumar é não acender o cigarro. 
 
Mito 9Eu sou o único prejudicado por fumar

A fumaça produzida pelo cigarro também prejudica as pessoas ao seu redor. Os bebês têm 5 a 6 vezes mais risco para a síndrome da morte súbita infantil; crianças cronicamente expostas apresentam maior incidência de infecções do ouvido médio, redução do crescimento e da função pulmonar, aumento da frequência de tosse, aumento da ocorrência de doenças respiratórias, como pneumonia, bronquite, além do desenvolvimento e agravamento de asma, e, em adultos aumenta em 30% o risco de câncer de pulmão e 24% o risco de infarto do coração. 
 
Mito 10 - Eu tentei parar e não consegui, por isso não adianta tentar novamente
 
A maioria dos fumantes tenta várias vezes antes conseguir para completamente. Se você falhou anteriormente, não deixe que isso o impeça de tentar novamente. Cada vez que a pessoa tenta parar, ela aprende novas coisas que poderão ser úteis para a próxima tentativa. O importante é nunca desistir e continuar tentando até conseguir, sua saúde está em suas mãos.
 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A favor da saúde, contra o cigarro.


Robinson Gomes é aposentado e tem 60 anos. Fumou durante 39 anos de sua vida. Em 2008, descobriu um carcinoma invasor causado pelo uso contínuo do tabaco. No mesmo ano, foi submetido à cirurgia e ao tratamento através da Radioterapia. Robinson mal conseguia falar e se alimentar. “Hoje, não questiono o porquê tive o câncer, pois eu mesmo o procurei através do cigarro”, alegou o aposentado.

Fumar aumenta as chances de desenvolver diversos tipos de câncer, como o bucal, laríngeo, faríngeo, esofágico, hepático, pancreático, gástrico, renal, vesical, do colo do útero, intestinal e de mama. O uso do tabaco é um dos principais fatores de risco e está associado a 26% das mortes por todos os tipos de câncer e a 84% das mortes por câncer de pulmão. O primeiro passo para a prevenção de doenças e do câncer é parar de fumar.

O cigarro possui mais de 4 mil substâncias químicas prejudiciais a saúde. Por exemplo, a acetona, que é usada para remover esmalte; terebintina, diluente de tinta óleo; formol, que é usado para conservar cadáver; naftalina, um eficiente mata-barata; fósforo P4/P6, usado em veneno para ratos, entre muitos outros. Um fumante também contribui para a poluição do planeta, pois é uma fonte como outra qualquer de emissão de fumaça.

O tabagismo precisa ser evitado, é preciso procurar especialistas para orientação sobre como parar de fumar. É necessário, também, fazer visitas regulares ao médico e exames de rotina, pois com um diagnóstico precoce, o câncer tem maiores chances de cura.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Depoimento Paciente JOSÉ SEBASTIÃO OLIVEIRA, 49 anos.



“Desde os 11 anos de idade já fumava. Fumei durante 33 anos e bebi durante 25 anos. Logo que parei de beber, aumentou a vontade de fumar. Passei a fumar dois maços de cigarro por dia.

Eu era Ambulante e em 2007 senti uma ardência e uma secura na laringe.

Um dia , falando alto, chamando a freguesia, tive uma tosse seca que não passava e quando cuspi, percebi que tinha um coágulo de sangue.

Em abril de 2009, agendei uma consulta e com um exame específico (laringoscopia) foi constatado o câncer maligno do lado direito da corda vocal.

Em setembro de 2009 foi feita uma biópsia, que resultou num tumor de 2 cm.

Então, nesta biópsia parei de fumar de livre e espontânea vontade.

Sentia falta do cigarro, mas muito pouco, porque trabalhei minha mente.

No dia 04 de novembro de 2013 fui operado, precisando retirar o tumor e 30% da corda vocal direita.

Um ano depois, a dor voltou e inchou o lado esquerdo, como era maligno, passou do lado esquerdo para o lado direito. Nesta época, comecei a sentir falta de ar, daí então foi colocada uma cânula, pois sem ela eu não respiro. Ela será permanente.

Precisei fazer quimioterapia e radioterapia no Hospital do Câncer.

Sendo assim, mesmo com o tratamento, não havia eliminado o tumor, continuo com a quimioterapia.

Resumindo, eu tenho certeza absoluta que o cigarro causou isto, pois na minha casa ninguém fuma e não teve o problema.

Meu conselho: Parem de fumar enquanto há tempo, antes que seja tarde!".

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Sedentarismo mata tanto quanto cigarro, diz estudo

Um estudo diz que a falta de exercícios tem causado tantas mortes quanto o tabagismo. A pesquisa, publicada na revista médica Lancet, estima que um terço dos adultos não tem praticado atividades físicas suficientes, o que tem causado 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

A inatividade física é responsável por uma em cada dez mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon, diz o estudo. Os pesquisadores dizem que o problema é tão grave que deve ser tratado como uma pandemia.

Eles afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade, e sugerem a criação de campanhas para alertar o público dos riscos da inatividade, em vez de lembrá-lo somente dos benefícios da prática de esportes.

Segundo a equipe de 33 pesquisadores vindos de centros de vários países diferentes, os governos deveriam desenvolver formas de tornar a atividade física mais conveniente, acessível e segura.

Um dos coordenadores da pesquisa é Pedro Hallal da Universidade Federal de Pelotas. "Com as Olimpíadas 2012, esporte e atividade física vão atrair uma tremenda atenção mundial, mas apesar do mundo assistir a competição de atletas de elite de muitos países, a maioria dos espectadores será de sedentários," diz ele. "O desafio global é claro: tornar a prática de atividades físicas como uma prioridade em todo o mundo para aumentar o nível de saúde e reduzir o risco de doenças".

No entanto, a comparação com o cigarro é contestada por alguns especialistas. Se o tabagismo e a inatividade matam o mesmo número de pessoas, o número de fumantes é bem menor do que o de sedentários, tornando o tabaco muito mais perigoso.
Para Claire Knight, do Instituto de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha, "quando se trata de prevenção de câncer, parar de fumar é de longe a coisa mais importante que você pode fazer".

América Latina

Na América Latina e no Caribe, o estudo mostra que o estilo de vida sedentário é responsável por 11,4% de todas as mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon. No Brasil, esse número sobe para 13,2%. Os países com as populações mais sedentárias da região são Argentina, Brasil e República Dominicana. O com a população menos sedentária é a Guatemala.
A inatividade física na América Latina seria a causa de 7,1% dos casos de doenças cardíacas, 8,7% dos casos de diabetes tipo 2, 12,5% dos casos de câncer de mama e 12,6% dos casos de câncer de cólon. No Brasil, ela é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas, 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e 14,6% dos casos de câncer de cólon.

A doutora I-Min Lee, do Hospital Brigham e da Escola Médica da Universidade de Harvard, que dirigiu o estudo, assinalou que todos esses casos poderiam ter sido prevenidos se a população de cada país e cada região fosse mais fisicamente ativa.

Ela diz que na região das Américas poderiam ser evitadas cerca de 60 mil mortes por doenças coronárias e 14 mil mortes por câncer de cólon.

Desafio global

É recomendado que adultos façam 150 minutos de exercícios moderados, como caminhadas, ciclismo e jardinagem, toda a semana.

O estudo indica que as pessoas que vivem em países com alta renda per capita são as menos ativas. Entre os piores casos está a Grã-Bretanha, onde dois terços da população não se exercitam regularmente.

A presidente da Faculty of Public Health, órgão que formula políticas e normas de saúde pública da Grã-Bretanha, professora Lindsey Davies, diz que "precisamos fazer o possível para que as pessoas cuidem da sua saúde e façam atividade física como parte da vida cotidiana".

"O ambiente em que vivemos tem um papel importante. Por exemplo, pessoas que se sintam inseguras no parque mais próximo vão evitar de usá-lo."
 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Câncer de pulmão é o que mais mata homens


Continuando com a campanha do mês contra o tabaco, o GAPC destaca o câncer de pulmão que é aquele que mais mata homens e o 2º tipo que mais mata mulheres no mundo.

Os pulmões são dois órgãos esponjosos localizados dentro da caixa torácica. O pulmão esquerdo é menor e possui duas partes, porque o coração está localizado desse lado do corpo, enquanto o direito possui três partes. Este órgão é responsável de absorver o oxigênio que chega através da respiração, filtra-lo e liberar o dióxido de carbono.

Os diferentes tipos de câncer de pulmão podem aparecer também em diferentes tipos de células que pertencem ao órgão, como brônquios, bronquíolos ou alvéolos. Esta neoplasia se dissemina facilmente para outras partes do corpo, por isso é importante o diagnóstico precoce para maiores chances de cura. No entanto, tudo depende do tipo específico de câncer e do estágio em que ele se encontra. Ao notar qualquer sintoma como escarro sangrento, dor torácica, muita tosse, falta de ar, fraqueza, entre outros, procure urgente um médico.

A principal causa desta neoplasia é consumo de tabaco, sendo que cerca de 85% dos casos ocorrem em tabagistas. Por isso o mais importante é parar de fumar, principalmente após o diagnóstico. Largar o cigarro é zelar pela própria vida e dos que vivem ao seu redor. No caso de diagnóstico positivo para o câncer, venha o conhecer o GAPC – Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer, temos como objetivo ajudar a melhorar a saúde e qualidade de vida dos assistidos, disponibilizando remédios, terapias, entre outros.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Primeira linha para câncer de pulmão e mutação EGFR

O câncer de pulmão é o tipo de câncer que mais causa mortes entre os outros tipos de câncer. Com taxas de incidência maiores em homens que em mulheres, contabiliza 1,6 milhões de novos casos anualmente. No entanto, câncer de pulmão não é apenas uma doença; pesquisas têm mostrado que existem vários tipos diferentes que requerem tratamentos específicos. Um subtipo distinto de câncer de pulmão é definido pela mutação em EGFR (um membro da família ErbB de receptores).

Para esse grupo de pacientes, a Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória americana, aprovou afatinib sob o nome comercial Gilotrif™. O medicamento, produzido pela Boehringer Ingelheim, foi anunciado como novo tratamento de primeira linha para pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células metastáticas (NSCLC), cujos tumores têm receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR).

A aprovação se baseou nos dados do estudo pivotal LUX-Lung 3, que comparou o medicamento isolado à combinação de dois quimioterápicos: pemetrexed/cisplatina. Os dados mostraram que pacientes em uso de afatinib como tratamento de primeira linha viveram por quase um ano sem que o tumor voltasse a crescer (média de sobrevida livre de progressão de 11,1 meses) versus a média de meio ano (6,9 meses) para aqueles que trataram com pemetrexed/cisplatina. Além disso, pacientes com NSCLC que possuem as duas mutações EGFR mais comuns (Del19 ou L858R) usando afatinib viveram cerca de um ano sem a progressão do tumor (13,6 meses) em comparação com apenas cerca de meio ano (6,9 meses) para aqueles que estavam no braço da quimioterapia combinada.

Também foi observada uma melhora dos sintomas do câncer de pulmão e uma melhor qualidade de vida dos pacientes em uso de afatinib comparado aos que receberam o tratamento padrão com quimioterapia combinada.

Fonte

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Combate ao câncer pode ser feito com laser mais potente do mundo

Para enfrentar o câncer com mais eficácia, o Instituto de Física Nuclear de Magurule, próximo a Bucareste, maior cidade da Romênia, trabalha no feixe de luz que pretende ser o mais poderoso já criado. Se tudo correr bem, será possível eliminar resíduos radioativos e abrir novos espaços para a física de materiais.

O experimento será colocado em teste em 2015, e é parte de um projeto mais abrangente apoiado por 40 instituições de 13 países europeus. Chamado ELI (Extreme Light Infrastructure), tem como objetivo atingir intensidades de laser elevadas com pulsos mais curtos.

Segundo a agência Efe, o projeto prevê a aplicação de prótons, nome dado ao tratamento que combate tumores de forma mais consistente ao passo que reduz possíveis danos às áreas saudáveis.

"Se conseguir realizar este tratamento com este novo tipo de laser, ele poderá ser aplicado com um custo menor à medida e que a tecnologia avançar e os raios ficarem mais baratos", disse Nicole Zamfir, responsável da filial romena da ELI.

Entre os benefícios médicos estariam, ainda, maior eficácia contra a radioterapia e a quimioterapia. "Cerca de um quarto dos pacientes tratados com quimioterapia recebem um tratamento inútil, já que a substância utilizada não chega diretamente no tumor", afirma a cientista.
 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

GAPC realiza caminhada contra o câncer em SJC



No dia 24 de agosto, às 8h30, o GAPC – Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer realiza a caminhada anual contra o câncer no Parque da Cidade Roberto Burle Marx em São José dos Campos. Este ano a campanha da caminhada apresenta como tema o combate ao tabaco, já que dia 29 deste mês é o dia nacional de combate ao tabaco.

A frase principal da campanha é: “O cigarro não me representa!”. A ideia surgiu devido às manifestações que ocorrem pelo Brasil. Os participantes da caminhada poderão fazer seus cartazes de protesto contra o cigarro e seus males causados no organismo, qualquer pessoa pode participar.

O objetivo da campanha do GAPC é de prevenção. Incentivar a população para não fumar, ter uma alimentação saudável, fazer atividades físicas, evitar bebidas alcoólicas e visitar o médico regularmente. No local estará presente o ônibus consultório do Projeto PrevenIR do GAPC, fazendo rastreamento de câncer de boca, garganta e mama. Além disso, teremos a feira da saúde, organizada pela Aussel pró-saúde, onde profissionais estarão medindo a pressão arterial, glicemia, IMC, circunferência abdominal, optometria, etc. A Cruz Vermelha também estará presente dando orientações de combate ao fumo.

Para participar da caminhada e ganhar uma camiseta da campanha, é preciso fazer a inscrição no GAPC de São José dos Campos, Av. Rui Barbosa, 164 - Centro. Ou no Instituto Embelleze, Jardim Satélite. O Valor da inscrição é uma lata de leite em pó. Mais informações ligue (12) 3921-2001.

Estudo identifica mutações que dão origem a câncer

Cientistas anunciaram o que dizem ser um novo marco na pesquisa do câncer, após identificarem 21 mutações que estariam por trás da maioria dos tumores.

O estudo, que foi divulgado na revista 'Nature', afirma que estas modificações do código genético são responsáveis por 97% dos 30 tipos mais comuns de câncer.

Descobrir o que causa as mutações pode levar à criação de novos tratamentos.

Algumas dessas causas, como o hábito de fumar, já são conhecidas, mas mais da metade delas ainda são um mistério.

Durante o período de uma vida, células desenvolvem uma série de mutações que podem vir a transformá-las em tumores letais que crescem incontrolavelmente.

Origens do câncer
A equipe internacional de pesquisadores estava procurando as causas das mutações como parte da maior análise já feita sobre o genoma do câncer.

As causas mais conhecidas de mudanças no DNA, como a superexposição aos raios UV e o hábito de fumar, aumentam as chances de desenvolver a doença.

Mas cada uma delas deixa também uma marca única - uma espécie de assiantura - que mostra se foi o fumo ou a radiação UV, por exemplo, o responsável pela mutação.

Os pesquisadores, liderados pelo Instituto Sanger, do Reino Unido, procuraram por mais exemplos destas 'assinaturas' em 7.042 amostras tiradas dos 30 tipos mais comuns de câncer.

Eles descobriram que 21 marcas diferentes eram responsáveis por 97% das mutações que causavam os tumores.

'Estou muito animado. Esses padrões, essas assinaturas, estão escondidos no genoma do câncer e nos dizem o que está realmente causando o câncer em primeiro lugar - é uma compreensão muito importante', disse Sir Mike Stratton, diretor do Instituto Sanger, à BBC.

'É uma conquista significativa para a pesquisa s
obre câncer, é bastante profundo. Está nos levando a áreas do desconhecido que não sabíamos que existiam. Acho que este é um grande marco.'

Mistérios
Outras marcas encontradas no genoma do câncer estavam relacionadas com o processo de envelhecimento e com o sistema imunológico do corpo.

As células respondem a infecções virais ativando uma classe se enzimas que modificam os vírus até que eles não funcionem mais.

'Acreditamos que quando ela (a célula) faz isso, há efeitos colaterais - seu próprio genoma se modifica também e ela fica muito mais propensa a se tornar uma célula cancerígena, já que tem uma série de mutações - é uma espada de dois gumes', diz Stratton.

No entanto, doze dessas marcas genéticas encontradas no genoma do câncer ainda estão sem explicação.

Espera-se que se algumas delas puderem ser atribuídas a fatores ambientais, novas formas de prevenir a doença possam ser desenvolvidas.

As dúvidas também podem fomentar novas pesquisas. Uma das causas desconhecidas das mutações cancerígenas acontece no neuroblastoma, um câncer em células nervosas que normalmente afeta crianças.

'Sabemos que fatores ambientais como o fumo e a superexposição aos raios UV podem causar modificações no DNA que podem levar ao câncer, mas em muitos casos nós não sabemos o que provoca as falhas no DNA', afirmou o professor Nic Jones, da instituição britânica voltada para pesquisa do câncer Cancer Research UK.

'As marcas genéticas encontradas nesse estudo fascinante e importante identificam muitos processos novos por trás do desenvolvimento do câncer.'

De acordo com Jones, entender o que causa esses processos pode levar a novas maneiras de prevenir e tratar a doença.

Fonte