Pesquisadores desenvolveram uma faca cirúrgica inteligente que colhe amostras da fumaça gerada durante o corte de um tumor para mostrar ao médico, dentro de apenas alguns segundos, se o tecido que está sendo removido é normal ou cancerígeno. A amostragem é obtida através da análise da espectrometria de massas, que consegue obter uma identidade molecular única para tipos específicos de câncer. O novo bisturi pode se provar útil na remoção de tumores porque uma das principais preocupações dos médicos que fazem o procedimento é remover as células malignas de câncer enquanto preservam o tecido saudável ao redor. O estudo foi publicado na revista Science Translational Medicine.
Os limites de um tumor nem sempre são fáceis de se
detectar, e cirurgiões com frequência enviam um pedaço de tecido dos
pacientes para um histologista - enquanto a pessoa permanece anestesiada
- para confirmar se o material é cancerígeno ou saudável. A equipe de
pesquisadores do London Imperial College, no Reino Unido, coletou um
banco de dados com quase 3 mil tecidos específicos para criar a iKnife.
No primeiro teste com a faca, 81 pacientes tiveram um diagnóstico
extremamente preciso, de acordo com os cientistas.
O diagnóstico do iKnife leva apenas três segundos, em
comparação aos 20 ou 30 minutos necessários para um diagnóstico
histológico, e requer apenas um pedaço de 0,1 milímetro cúbico de
tecido. Zoltan Takats, idealizador do bisturi, sugere na pesquisa que
essa ferramenta é segura e confiável o suficiente para ter seu uso
difundido em breve nas salas de operação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário