sexta-feira, 27 de maio de 2011

OMS: tabaco matará 6 milhões neste ano, sendo 10% não fumantes.

O Dia Mundial Sem Tabaco de 2011, celebrado em 31 de maio, será dedicado ao Convênio Marco para o Controle do Tabaco

Genebra - O tabaco matará quase seis milhões de pessoas neste ano, entre elas 600 mil não fumantes expostos à fumaça, afirmou nesta sexta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS), em ocasião dos preparativos para o Dia Mundial Sem Tabaco.
"Se não forem tomadas mais medidas, em 2030 o tabaco pode causar a morte de oito milhões de pessoas ao ano", declarou Armando Peruga, diretor da Iniciativa Livre de Tabaco da OMS.
Por conta disso, o organismo decidiu dedicar o Dia Mundial Sem Tabaco de 2011, celebrado em 31 de maio, ao Convênio Marco para o Controle do Tabaco, que considera como o melhor instrumento para acabar com um hábito que matou 100 milhões de pessoas no século XX e que pode tirar a vida de um bilhão de indivíduos no século XXI caso a atual tendência seja mantida, ressalta a OMS.
O Convênio foi adotado em 2003 e entrou em vigor em 2005, e desde então 173 Estados-membros da OMS aderiram à iniciativa.
"O tabaco é um dos principais responsáveis pela epidemia de doenças não transmissíveis como ataques cardíacos, derrames, câncer e enfisemas, que causam 63% de todas as mortes no mundo", ressaltou Peruga.
Entre as obrigações que os países que fazem parte do Convênio assumem, está proteger as políticas de saúde pública dos interesses da indústria do tabaco, adotar medidas relacionadas com os preços e impostos para reduzir a demanda de tabaco e proteger as pessoas contra a exposição à fumaça do cigarro.
Apenas 20 Estados-membros da OMS não aderiram ao Convênio Marco, entre eles Estados Unidos, Suíça, Argentina e Indonésia.


FONTE: EXAME.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Entenda a relação entre câncer e obesidade

O excesso de peso poderia aumentar o risco de surgimento de um câncer
Foto:AFP
Alterações causadas pela obesidade podem levar ao desenvolvimento de tumores
A velha recomendação de que manter-se no peso ideal é uma questão de saúde, mais do que apenas de estética, tem um argumento a seu favor: o excesso de peso poderia aumentar o risco de surgimento de um câncer.
Segundo o médico Amândio Soares, o acúmulo de gordura pode alterar o funcionamento dos hormônios sexuais (o estrógeno e a progesterona, para as mulheres, e os androgênios, para os homens), dos níveis de insulina, responsável por controlar a quantidade de açúcar no sangue, além de aumentar a chance de inflamações em obesos. Em razão dessas alterações causadas pela obesidade, há maior propensão de desenvolvimento de tumores de mama, do intestino grosso e do endométrio, camada fina do útero responsável pela menstruação.

O médico lembra ainda a existência de estudos que relacionam a obesidade também aos cânceres de vesícula biliar, de ovário e de um subtipo específico de câncer de esôfago, chamado adenocarcinoma.

— Entretanto, novas evidências serão ainda necessárias para uma conclusão definitiva — ressalta.

Nas mulheres obesas, após a menopausa, as chances de ocorrência de um câncer de mama, segundo tipo mais frequente no mundo, podem ser 1,5 vezes maiores em comparação àquelas com o peso indicado. Já para os homens, o excesso de peso é um fator que favorece o desenvolvimento do câncer de intestino grosso.

Prevenção

Ainda não há pesquisas mais aprofundadas para dizer exatamente se o consumo de dado alimento estaria ou não ligado ao aparecimento de um tumor. Mas estudos observacionais indicam que alguns alimentos devem ser evitados ou consumidos em pouca quantidade como, por exemplo, carnes vermelhas, frituras e alimentos defumados. Também seguem a mesma restrição aqueles que contêm conservantes, usados em enlatados, refrigerantes e embutidos, como salsichas, salame e presuntos. Grandes quantidades desses alimentos podem levar, gradualmente, ao surgimento de câncer de estômago.

Defumados e churrascos, por serem impregnados por alcatrão vindo da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro, devem também ser consumidos em menor quantidade.

Por isso, o médico sugere a adoção de alguns hábitos que podem contribuir para a prevenção de cânceres em geral. Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm nutrientes, tais como vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo a destruírem os agentes cancerígenos antes que eles causem sérios danos às células. O consumo regular de água também é muito importante para manter a boa saúde.
As fibras, apesar de não serem digeridas pelo organismo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias cancerígenas com a parede do intestino grosso.



terça-feira, 3 de maio de 2011

O mundo sofre mais de Câncer

O aumento da incidência do câncer no mundo e, também no Brasil, é uma realidade inquestionável. Qual o motivo desse aumento? Não existe uma resposta cientificamente completa e imponderável, porém, algumas questões merecem comentários.

Nos dias atuais, mesmo no Brasil, há um maior acesso aos meios diagnósticos para identificação do câncer, nas suas mais variadas apresentações. Fazemos mais diagnósticos de câncer hoje do que fazíamos no passado. Isso provoca um aumento nos registros médico-hospitalares, e como conseqüência, um aumento na incidência de câncer.

Paralelamente notamos, principalmente nos grandes centros urbanos em desenvolvimento, a mudança para adoção de um novo estilo de vida. Do ponto de vista biológico, essa mudança ocorreu de forma muito rápida. Nosso material genético carrega informações agregadas durante milhões de anos para permitir nossa sobrevivência e nossa adaptação ao meio que nos cerca e, em menos de um século (que do ponto de vista biológico é muito pouco tempo), mudamos completamente nosso estilo de vida.

No tempo de nossas avós, mulher que não casava até os vinte anos era exceção. A que não tinha filho antes dos trinta anos também era exceção. Hoje, quem se casa antes dos vinte é a exceção. Porém, do ponto de vista puramente biológico, a melhor idade para engravidar ainda é durante a segunda e terceira década de vida.

Antigamente, precisávamos de muito esforço físico para conseguir alimentos. Hoje, na maior parte do mundo, tudo está mecanizado. Até para mudar o canal da televisão não precisamos nos levantar do sofá. O controle remoto fará o trabalho por nós.

Qual a relação entre esses novos hábitos e o aumento da incidência de câncer? Sabemos, através de estudos científicos sérios, que há um fator de risco aumentado para desenvolvimento de câncer de mama entre mulheres obesas, entre mulheres cuja primeira gravidez se deu tardiamente e entre mulheres que não praticam exercícios físicos.

Entre os homens não é diferente. A mesma relação é observada entre aumento da incidência de câncer de próstata em homens no tocante a obesidade e não realização de exercícios físicos regulares.

O tabagismo, porém, é o principal vilão do aumento da incidência de câncer, sendo responsável pelo aumento na incidência de vários tipos de câncer: pulmão, laringe, boca, bexiga, entre outros. Mas o tipo de câncer mais diagnosticado atualmente é o de pulmão, com a identificação de cerca de 1,4 milhão de novos casos a cada ano, de acordo com relatório de Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha. Em 1975, menos de 600 mil casos foram diagnosticados. Prevê-se também um aumento de casos nos próximos 20 anos em regiões onde houve um crescimento do tabagismo, como a áfrica Oriental, a América Central e o Sudeste Asiático.

Dados de literatura médica mostram uma triste realidade: as mulheres que, com a vida moderna passaram a fumar tanto quanto os homens, apresentaram um aumento assustador na incidência de câncer de pulmão, sendo que em alguns países do mundo, a mortalidade por câncer de pulmão em mulheres ultrapassou a mortalidade por câncer de mama.

No Brasil, os números não são diferentes do resto do mundo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), houve uma variação percentual de aumento na taxa de mortalidade relacionada ao câncer de mama +80,3% quando comparamos os dados de 1979 com os dados de 2003. O câncer de pulmão apresentou um aumento com variação de +57% para mortalidade em câncer de pulmão para os homens e um aumento com variação de +134% para mortalidade de câncer de pulmão para as mulheres no mesmo período.
Em resumo, o aumento na incidência do câncer no mundo provavelmente tem uma gênese multifatorial, que vai desde o aumento na capacidade de diagnóstico até mudanças profundas no hábito de vida dos seres humanos. Nesse contexto, as orientações básicas para uma vida saudável devem ser seguidas por todos. Exercícios físicos regulares associados a uma dieta equilibrada evitam a obesidade são os principais caminhos para essa vida saudável.

O aumento da incidência do câncer no mundo e, também no Brasil, é uma realidade inquestionável. Qual o motivo desse aumento? Não existe uma resposta cientificamente completa e imponderável, porém, algumas questões merecem comentários.

Nos dias atuais, mesmo no Brasil, há um maior acesso aos meios diagnósticos para identificação do câncer, nas suas mais variadas apresentações. Fazemos mais diagnósticos de câncer hoje do que fazíamos no passado. Isso provoca um aumento nos registros médico-hospitalares, e como conseqüência, um aumento na incidência de câncer.

Paralelamente notamos, principalmente nos grandes centros urbanos em desenvolvimento, a mudança para adoção de um novo estilo de vida. Do ponto de vista biológico, essa mudança ocorreu de forma muito rápida. Nosso material genético carrega informações agregadas durante milhões de anos para permitir nossa sobrevivência e nossa adaptação ao meio que nos cerca e, em menos de um século (que do ponto de vista biológico é muito pouco tempo), mudamos completamente nosso estilo de vida.

No tempo de nossas avós, mulher que não casava até os vinte anos era exceção. A que não tinha filho antes dos trinta anos também era exceção. Hoje, quem se casa antes dos vinte é a exceção. Porém, do ponto de vista puramente biológico, a melhor idade para engravidar ainda é durante a segunda e terceira década de vida.

Antigamente, precisávamos de muito esforço físico para conseguir alimentos. Hoje, na maior parte do mundo, tudo está mecanizado. Até para mudar o canal da televisão não precisamos nos levantar do sofá. O controle remoto fará o trabalho por nós.

Qual a relação entre esses novos hábitos e o aumento da incidência de câncer? Sabemos, através de estudos científicos sérios, que há um fator de risco aumentado para desenvolvimento de câncer de mama entre mulheres obesas, entre mulheres cuja primeira gravidez se deu tardiamente e entre mulheres que não praticam exercícios físicos.

Entre os homens não é diferente. A mesma relação é observada entre aumento da incidência de câncer de próstata em homens no tocante a obesidade e não realização de exercícios físicos regulares.

O tabagismo, porém, é o principal vilão do aumento da incidência de câncer, sendo responsável pelo aumento na incidência de vários tipos de câncer: pulmão, laringe, boca, bexiga, entre outros. Mas o tipo de câncer mais diagnosticado atualmente é o de pulmão, com a identificação de cerca de 1,4 milhão de novos casos a cada ano, de acordo com relatório de Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha. Em 1975, menos de 600 mil casos foram diagnosticados. Prevê-se também um aumento de casos nos próximos 20 anos em regiões onde houve um crescimento do tabagismo, como a áfrica Oriental, a América Central e o Sudeste Asiático.

Dados de literatura médica mostram uma triste realidade: as mulheres que, com a vida moderna passaram a fumar tanto quanto os homens, apresentaram um aumento assustador na incidência de câncer de pulmão, sendo que em alguns países do mundo, a mortalidade por câncer de pulmão em mulheres ultrapassou a mortalidade por câncer de mama.

No Brasil, os números não são diferentes do resto do mundo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), houve uma variação percentual de aumento na taxa de mortalidade relacionada ao câncer de mama +80,3% quando comparamos os dados de 1979 com os dados de 2003. O câncer de pulmão apresentou um aumento com variação de +57% para mortalidade em câncer de pulmão para os homens e um aumento com variação de +134% para mortalidade de câncer de pulmão para as mulheres no mesmo período.

Em resumo, o aumento na incidência do câncer no mundo provavelmente tem uma gênese multifatorial, que vai desde o aumento na capacidade de diagnóstico até mudanças profundas no hábito de vida dos seres humanos. Nesse contexto, as orientações básicas para uma vida saudável devem ser seguidas por todos. Exercícios físicos regulares associados a uma dieta equilibrada evitam a obesidade são os principais caminhos para essa vida saudável.
 

Fonte: http://noticias.universia.com.br/ciencia-tecnologia/noticia/2005/07/29/469162/mundo-sofre-mais-cncer.html