sexta-feira, 11 de julho de 2014

Alimentos crus e cozidos: cancerígenos ou não?



 

A forma de cozinhar os alimentos pode influenciar diretamente no potencial que aquele alimento poderá ter para aumentar o risco de câncer.
Métodos de cozimento que submetem os alimentos a altas temperaturas, como churrascos, defumados, grelhados, fritos, ou similares, formarão certas substâncias tóxicas que podem promover a formação de novas células cancerígenas. No caso dos grelhados e churrasco é aquele tostadinho/ chamuscado que contém essas as substâncias associadas ao aumento do risco de câncer. Porém, se você retirar o tostado e apenas comer os alimentos sem essas partes, esse risco irá diminuir. Durante a fritura são formadas outras substâncias tóxicas (acrilamida) que não saem assim, com a retirada dos tostados.
Por estes motivos, é recomendado que você dê preferência aos cozidos saudáveis como é exemplo o escaldar, cozinhar em vapor de água, refogar, cozinhar em água, assar a baixa temperatura… métodos que não favorecem a formação destas substâncias tóxicas.
Por isso não basta escolher os alimentos certos. É necessário também pensar na forma certa de prepará-los!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Câncer de colo uterino: como prevenir?



O câncer de colo do útero, também chamado câncer cervical, é o terceiro câncer mais comum em mulheres no Brasil, estatísticas do INCA estimam 15.590 casos em 2014. Ainda é uma doença mais frequente em países em desenvolvimento, onde ocorrem 85% do total dos casos no mundo. Nos países desenvolvidos uma significativa redução do surgimento desse câncer e da mortalidade foi obtida após a implantação de programas de rastreamento populacional a partir das décadas de 1950 e 1960.
No início o câncer de colo uterino é frequentemente assintomático por isso ressalta-se a importância do rastreamento. Os sintomas mais comuns à apresentação são: sangramento vaginal irregular ou abundante após relação sexual. Algumas mulheres apresentam corrimento vaginal aquoso, tipo muco ou pus e com mau odor. A doença em estágio avançado pode se apresentar com dor ou sensação de peso na região pélvica, dor lombar que se irradia para membros inferiores, sangramento na urina e fezes ou também ínguas aumentadas na virilha. Nas mulheres sem sintomas, o câncer cervical pode ser descoberto decorrente do rastreamento ou incidentalmente, se for visualizada uma lesão no colo uterino ao exame ginecológico. O diagnóstico é feito mediante biópsia da lesão.
O vírus papiloma humano (HPV) exerce papel central no desenvolvimento do câncer de colo de útero e pode ser encontrado em 99,7% destes cânceres. Os subtipos HPV-16 e HPV-18 são responsáveis por 70% dos cânceres cervicais. Esse vírus é transmitido sexualmente e estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-lo ao longo de suas vidas.
São fatores de risco conhecidos para o câncer de colo uterino: início precoce de atividade sexual, múltiplos parceiros sexuais, parceiro sexual sabidamente infectado com o vírus HPV, história pessoal de doença sexualmente transmissível (ex. herpes genitalgonorréia), de câncer ou lesão pré-cancerígena vulvar ou vaginal (a infecção por HPV é também a etiologia mais comum nestas condições) e Imunossupressão (AIDS).
O cigarro é associado ao tipo histológico de células escamosas, mas não ao adenocarcinoma. O câncer cervical é menos comum em parceiras sexuais de homens circuncidados.
O uso da camisinha durante a relação sexual previne o câncer de colo uterino por evitar a transmissão do vírus HPV e também evita uma série de doenças sexualmente transmissíveis.
Esse câncer demora muitos anos para se desenvolver. As alterações celulares, desencadeadas, sobretudo pelo efeito do HPV prévias ao desenvolvimento do câncer podem ser detectadas pelo exame preventivo de citologia oncótica (também conhecido como Papanicolau) por isso é importante a sua realização periódica.
Quanto mais precoce o diagnóstico maiores as chances de cura.
Diretrizes brasileiras recomendam realização do exame Papanicolau em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos que já iniciaram atividade sexual. A rotina recomendada para o rastreamento no Brasil é a repetição do Papanicolau a cada três anos após dois exames normais consecutivos realizados no intervalo de um ano. Caso o exame esteja alterado o profissional de saúde irá direcionar para novas etapas de investigação como a repetição do exame mais frequente ou a realização de outro exame chamado colposcopia e biópsia. Mesmo as mulheres vacinadas devem continuar a fazer o exame preventivo.
Há duas vacinas aprovadas para comercialização no Brasil a quadrivalente que protege contra quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18), com eficácia de 98% e a bivalente que protege contra o 16 e 18. A vacina passou a ser ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 11 a 13 anos em 10 de março de 2014. O esquema de vacinação é composto por três doses sendo que a segunda será aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose. Em 2015, serão vacinadas as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, começam a ser imunizadas as meninas que completam 9 anos. 
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