quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Anvisa aprova medicamento que trata câncer de mama e não causa queda de cabelo


   Foto: Getty Images

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um medicamento voltado para o tratamento do câncer de mama que não causa queda de cabelo e causa menos efeito colateral do que a quimioterapia tradicional. O remédio atua diretamente no tumor, em vez de afetar todas as células do corpo, resultando, assim, em menos efeitos colaterais e em evitar a queda dos cabelos. De acordo com os organizadores do estudo, trata-se do primeiro medicamento com esse mecanismo aprovado no Brasil.
O medicamento é o trastuzumabe entansina (também chamado de T-DM1) e é indicado para um tipo de câncer de mama avançado, identificado como HER2 positivo, correspondente a 20% de todos os casos diagnosticados da doença. Seu uso deve ocorrer quando o tratamento convencional não apresentar mais resultados. Além de evitar os efeitos colaterais da quimioterapia, ele aumenta em 50% o tempo de sobrevida.
"A droga tem um efeito casado. Ela possui um anticorpo e um quimioterápico. Por ser extremamente potente, esse quimioterápico não poderia ser aplicado sozinho porque seria muito tóxico ao organismo. O que acontece é que o anticorpo conduz o quimioterápico até o interior da célula tumoral e libera o medicamento lá dentro", explica José Luiz Pedrini, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia e um dos coordenadores do estudo do medicamento no Brasil. O mecanismo do remédio é conhecido como "cavalo de troia".
Segundo o médico, a pesquisa, realizada em vários países, incluiu cerca de cem brasileiras. "Há pacientes que começaram a participar do estudo em 2011 e seguem vivas. Sem essa opção, elas sobreviveriam por cerca de seis meses porque não teriam outra alternativa de tratamento", explica.
Uma grande vantagem desse novo remédio é que ele pode ser usado por mais tempo do que a quimioterapia tradicional. "Os medicamentos já existentes podem ser aplicados por, no máximo, oito sessões, por causa da toxicidade. Por ser menos agressiva, a trastuzumabe entansina pode ser utilizada por tempo indeterminado", afirma o médico. A aplicação do remédio é feita a cada 21 dias. Embora este medicamento possa aumentar a sobrevida das pacientes, o tumor de mama do tipo HER2 positivo continua sendo incurável.

A aprovação da trastuzumabe entansina foi publicada pela Anvisa no mês passado. O medicamento está disponível no mercado em aproximadamente três meses. Novos estudos vão verificar se o medicamento também é eficaz e seguro se utilizado em fases iniciais da doença. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A Musicoterapia e a sua arte de preencher vazios



A musicoterapia é definida pela Federação Mundial de Musicoterapia como: a utilização da música e/ou seus elementos (som/ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado com um cliente ou grupo, num processo para facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.

A música traz consigo diversos efeitos positivos para reabilitação e melhora em casos de câncer. A música é capaz de interferir na batida cardiovascular, no sistema respiratório, na tonicidade muscular, diminuição da ansiedade, o desconforto e até mesmo a dor, melhorando na qualidade de vida dos pacientes com câncer.  Com a utilização da musicoterapia em pacientes no hospital, percebeu-se, em alguns casos, diminuição do tempo de internação, melhora no relacionamento com os familiares e a equipe de profissionais.

Como a música, também, proporciona grande bem-estar, ela acaba auxiliando na recuperação dos pacientes e no enfrentamento da doença pelos mesmos. O musicoterapeuta vai utilizando a música e seus elementos de acordo com cada paciente e cada sintoma.


É sempre bom lembrar que a musicoterapia pode ajudar a aliviar alguns sintomas do câncer e possíveis efeitos colaterais decorrentes do tratamento, mas esse tipo de terapia, sozinha, não poderá curar, tratar ou evitar doenças, como o câncer.