terça-feira, 26 de julho de 2011

25 moradores de Pouso Alegre deixam o município por dia para tratar doença.

Mesmo com um centro de quimioterapia, moradores da cidade de Pouso Alegre, na Região Sul de Minas Gerais, são enviados a outras cidades para tratar de câncer. Por falta de credenciamento junto ao Ministério da Saúde, a ala de oncologia do Hospital Samuel Líbano, que está pronta desde o ano passado e tem capacidade para atender a 300 pacientes por dia, não pode funcionar.


De acordo com Secretaria Municipal de Saúde, pelo menos 295 pacientes que tratam de câncer precisam deixar a cidade para ser atendidos pelo Sistema Único de Saúde. Uma van da prefeitura sai todos os dias de madrugada para levar 25 pacientes para municípios vizinhos, como Varginha, Poços de Caldas, Campinas e Barretos, no interior de São Paulo. “Chega lá e só é atendido duas, três horas da tarde. Esta demora, esta agonia que você fica esperando mexe muito com o lado psicológico”, diz o vendedor José Ronaldo Pinto, que trata um tumor de próstata há quatro meses.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre, faz parte da rede de atenção oncológica do estado desde 2007. O Ministério da Saúde informou por meio de nota que a secretaria de saúde não solicitou a habilitação do hospital. “Muitas vezes, há um atraso na análise do documento. Algumas declarações que têm prazos vencem. Aí, não adianta colocar esta declaração nova no meio do processo. Tem que começar tudo de novo”, disse o diretor técnico do hospital Flávio Galvão Lima.


Ainda segundo a direção do hospital, a Fundação de Ensino Superior Vale do Sapucaí, que mantém a unidade de saúde, investiu R$ 900 mil no centro de oncologia.


A aposentada Maria José Paulino questiona a demora para liberação do funcionamento da ala. “Se aqui está tudo pronto, com certeza, está mesmo, e só falta o credenciamento, por que não fazer isso, gente?”

A Secretaria de Estado da Saúde informou que o hospital já se adequou às exigências do Ministério da Saúde e a previsão é de que o credenciamento seja liberado em três ou quatro meses.


Fonte: G1.

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