segunda-feira, 18 de março de 2013

Mortalidade por câncer é 3,89% maior entre homens

Um estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que, em dez anos, houve queda de 9% da taxa padronizada de mortalidade por câncer em todo o Estado.

Em Catanduva, a Secretaria Municipal de Saúde, com base nos últimos anos (não em dez anos), declarou que o município não apresentou redução na mortalidade por câncer.

Ao comparar o número de mortes por câncer nos pacientes catanduvenses, observou-se que o número tem sido maior entre os homens. Enquanto em 2012 houve uma taxa de 12,22% de óbitos por câncer em mulheres, nos homens, a taxa foi de 16,11%. Ou seja, no ano anterior o número de óbitos por câncer de homens foi 3,89% maior do que nas mulheres. Neste ano, a Secretaria ainda não tem levantamento.

Em 2012, os tipos de câncer que mais mataram em Catanduva foram os relacionados às Neoplasias Malignas do Trato Urinário (câncer de bexiga, câncer na próstata) seguidos das Neoplasias Malignas do Esôfago (câncer no estômago). Em relação ao câncer infantil, a Secretaria informou que não houve registro de óbito.

NO ESTADO

Através de estudo a Secretaria de Estado da Saúde aponta a redução de 9% da taxa padronizada de mortalidade de câncer, no período de dez anos.

Enquanto no biênio de 1999/2000 a taxa no Estado de São Paulo era de 104,6 para cada 100 mil habitantes, em 2009/2010 a taxa apresentada foi de 95,2 óbitos para cada 100 mil habitantes.

Entre os homens, a morte em decorrência de um câncer obteve queda de 10% no período de 10 anos. Entre 1999 e 2000, a taxa de mortalidade masculina por câncer no Estado era de 131,1 para cada 100 mil habitantes. Já entre 2009 e 2010, a taxa foi de 118,6 para cada 100 mil habitantes.

HOMENS/ MULHERES
Nestes dez anos, a diminuição das mortes por câncer entre as mulheres no Estado alcançou um índice menor (8%) em todo o Estado. No biênio 1999 e 2000, a taxa de mortalidade feminina era de 84,1 para cada 100 mil habitantes, já entre 2009 e 2010, a taxa foi de 77,7 para cada 100 mil habitantes. Entre os homens, a redução foi de 28% em 10 anos (de 15,7 para 11,3). Já entre as mulheres, a queda foi de 23% (de 5,7 para 4,4). No Estado, o câncer de estômago está entre os tipos com maior redução.

Para José Eluf Neto, diretor-presidente da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), ligada à Secretaria, a redução da mortalidade por câncer no Estado tem diversas causas, entre elas a prevenção, mais qualidade no tratamento e diagnóstico precoce.

REDUÇÃO TIPOS DE CÂNCER

Entre os homens, ainda se destacam a redução de 16% da taxa de mortalidade por câncer de pulmão (de 20,5 para 17,2) e por câncer de laringe (de 5,5 para 4,6), de 12% por câncer de cavidade oral e faringe (de 8,3 para 7,3), e de 11% por câncer de esôfago (de 8,1 para 7,2) e por câncer de bexiga (de 3,6 para 3,2).

“A redução da mortalidade por esses cânceres, que são associados ao hábito de fumar, está ligada ao abandono do tabagismo pelos homens, tendência observada há vários anos no Brasil”, ressalta o diretor-presidente da FOSP.

Entre as mulheres, os destaques são dos cânceres de colo de útero (de 4,7 para 3,2, queda de 32%) e de corpo e partes não especificadas do útero (de 4,2 para 3,2, queda de 24%). “Ambas as quedas indicam, sobretudo, maior acesso ao exame de Papanicolaou”, explica Eluf Neto.

Por fim, no mesmo período, houve queda da mortalidade por linfoma não Hodgkin de 19 % nos homens (de 3,1 para 2,5) e de 14% nas mulheres (de 2,2 para 1,9).

“A queda da mortalidade desse tipo de câncer está associada à melhora no acesso do paciente ao tratamento”, finaliza o diretor-presidente da FOSP.

Entre os tipos principais de cânceres que levaram homens ao óbito estão os de pulmão, de próstata (queda da taxa de 14,3 para 13,2) e de estômago.

Já com as mulheres, os principais cânceres foram os de mama (queda da taxa de 14,6 para 13,3), de cólon e reto (aumento da taxa de 7,5 para 8,2) e o de pulmão (aumento da taxa de 6,7 para 7,8).

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